Edgar Cervantes / Autoridade Android
DR
- O Consumer Financial Protection Bureau (CFPB) anunciou que finalizou uma regra para supervisionar empresas de tecnologia que oferecem carteiras digitais e aplicativos de pagamento.
- Qualquer empresa de tecnologia que gere mais de 50 milhões de transações por ano será agora tratada mais como um grande banco.
- A nova regra permite que o CFPB investigue se essas empresas estão cumprindo a lei.
No início deste mês, foi relatado que o Consumer Financial Protection Bureau (CFPB) estava tentando colocar o Google sob sua supervisão devido às práticas do gigante da tecnologia com serviços financeiros. Essa realidade se concretizou e o Google não é a única empresa de tecnologia sob o olhar vigilante.
Hoje, o CFPB anunciou que finalizou uma regra para começar a supervisionar empresas de tecnologia que oferecem carteiras digitais e aplicativos de pagamento. A regra se aplica especificamente a qualquer empresa de tecnologia que lide com mais de 50 milhões de transações por ano, como Google e Apple. No futuro, estas entidades serão tratadas mais como grandes bancos, o que significa que o CFPB garantirá que estas empresas cumpram as leis financeiras federais.
“Os pagamentos digitais passaram de novidade a necessidade e a nossa supervisão deve refletir esta realidade”, afirma o Diretor do CFPB, Rohit Chopra. “A regra ajudará a proteger a privacidade do consumidor, proteger contra fraudes e prevenir encerramentos ilegais de contas.”
Assim que a regra entrar em vigor, o CFPB poderá fiscalizar essas empresas em três áreas:
- Privacidade e Vigilância: As empresas de tecnologia coletam grandes quantidades de dados. A lei permite que os consumidores optem por não participar de certas práticas de coleta e compartilhamento de dados. Também proíbe declarações falsas sobre práticas de proteção de dados.
- Erros e fraude: De acordo com a lei federal de longa data, os consumidores têm o direito de contestar transações incorretas ou fraudulentas, e as instituições financeiras devem tomar medidas para analisá-las. O CFPB está particularmente preocupado com a forma como as aplicações de pagamento digital podem ser utilizadas para fraudar adultos mais velhos e militares no activo. Alguns aplicativos de pagamento populares parecem projetar seus sistemas para transferir disputas para bancos, cooperativas de crédito e empresas de cartão de crédito, em vez de gerenciá-las por conta própria.
- Desbancarização: Dado o volume de pagamentos que os consumidores fazem através de muitas aplicações de pagamento populares, os consumidores podem enfrentar sérios danos quando perdem o acesso à sua aplicação sem aviso prévio ou quando a sua capacidade de efetuar ou receber pagamentos é interrompida. Os consumidores relataram preocupações ao CFPB sobre perturbações nas suas vidas devido a encerramentos ou congelamentos.
A regra hoje finalizada difere da proposta original de 2023. Nessa proposta inicial, o limite era de 5 milhões de transações por ano. Esta nova regra também limita o escopo de contabilizar apenas as transações feitas em dólares americanos.
A regra final está programada para entrar em vigor 30 dias após a publicação no Federal Register.