Robert Triggs / Autoridade Android
TL; DR
- Uma nova tendência de roubo de Android e iPhone em São Paulo mostra ladrões roubando telefones não para revender o valor, mas para acessar as informações bancárias das vítimas.
- Aparentemente, essa versão escalonada do antigo esquema de “pegar e fugir” vem acontecendo desde o início da pandemia.
- Não está claro como os criminosos estão violando protocolos de segurança em uma escala tão ampla. A principal teoria, por enquanto, é a falta de atenção da segurança por parte do dono do telefone.
Em todo o mundo, é fácil encontrar histórias de ladrões que roubam smartphones. Normalmente, o roubo não é tão elaborado: alguém corre até uma pessoa que está andando na rua, arranca o telefone de suas mãos e sai correndo. O ladrão vende o telefone a uma loja de penhores ou a um revendedor online e fica com os lucros.
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No entanto, em São Paulo, Brasil, o roubo de Android e iPhone atingiu um novo nível. Conforme noticiado por jornal brasileiro Folha de S.Paulo (através da 9to5Mac), o novo método de roubo é roubar o telefone e, em seguida, acessar os aplicativos bancários da vítima. Uma vez acessados, os ladrões podem extrair grandes somas de dinheiro e, geralmente, ganhar muito mais do que fariam apenas com a revenda do telefone.
Roubo de Android e iPhone: um mundo totalmente novo
De acordo com Folha de S.Paulo, uma gangue específica no Brasil está utilizando essa tática. Parece ter começado na mesma época da pandemia. Isso faria sentido, pois os problemas do COVID-19 no Brasil têm sido muito piores do que em alguns outros países. A gangue pode ter achado necessário intensificar suas táticas devido à crise financeira.
Os ladrões têm como alvo usuários de Android e iPhone. No entanto, parece haver atenção especial para o roubo do iPhone, possivelmente devido à disparidade de riqueza entre os usuários do Android e do iPhone.
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No entanto, a grande questão é como os ladrões estão acessando os registros bancários das vítimas. Mesmo que o ladrão agarre um telefone desbloqueado, eles ainda precisariam teoricamente de uma senha ou agente de segurança biométrica para desbloquear um aplicativo bancário. É possível que os ladrões tenham algum tipo de sistema de software que lhes permita crackear telefones, semelhante ao que vimos funcionários do governo usarem nos Estados Unidos. Também pode ser uma falta de atenção de segurança por parte do proprietário do telefone, ou uma combinação disso.
A lição importante aqui é que você sempre deve exigir várias verificações de segurança para acessar seus aplicativos bancários. Autenticação de dois fatores, impressões digitais, desbloqueio facial – use todos eles! Perder um telefone é uma coisa; perder suas economias é outra.